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Em poucos dias, o ecossistema de marketing brasileiro viu-se diante de um ponto de inflexão radical. Não é só Black Friday — em 2025, a tradicional janela de descontos migra para uma temporada onde os vencedores são definidos não pelo volume de mídia, mas pela capacidade em operar dados, inteligência artificial e experiências com confiança e agilidade. O que antes era território de batalha por CPM barato agora se converteu em uma corrida por relevância, previsibilidade operacional e margem saudável. De acordo com a ABComm, o e-commerce deve faturar mais de R$ 13 bilhões apenas na Black Friday, mas marcas que tratam IA como infraestrutura estratégica, não truque pontual, estão se destacando e preparando terreno para crescimento sustentável[1].
O setor de marketing digital enfrenta uma crise de eficiência sem precedentes. Crescem os custos de aquisição e despencam as taxas de conversão, forçando empresas a abandonar a lógica de volume em favor da personalização, automação e fidelização como motores de crescimento saudável[2]. Ferramentas de mensageria inteligente, como automações via WhatsApp, deixam de operar no “automático” e passam a priorizar contexto, jornada individualizada e uso intensivo de IA para segmentação e relevância. Paralelamente, o boom do retail media salta aos olhos: impulsionado por IA generativa (com investimento previsto de +50% em 2025), o formato consolida a presença de grandes varejistas e publishers investindo em ativações dentro e além do “triopólio” Amazon, Meta e Mercado Livre – personalizando anúncios, otimizando criativos e adaptando ofertas em tempo real conforme perfil e canal[3][4].
Esse cenário exige renovação do mindset das equipes. O novo marketing exige domínio de análise de dados, inteligência preditiva e automação multicanal para reter o consumidor e ampliar o valor do ciclo de vida (LTV). Cases e relatórios apontam aumento expressivo em programas de recompra baseados em dados e a explosão na busca por expertise em retail media e IA operacional[2][4]. Surge, assim, um novo jogo: profissionais que constroem comunidades e experiências genuínas despontam, enquanto campanhas genéricas perdem tração. A diversificação de canais e a unificação de dados serão armas essenciais diante de um consumidor fragmentado e cada vez mais exigente por personalização, privacidade e transparência — fatores que vão separar as marcas resilientes das que só “aparecem”.